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quinta-feira, março 28, 2024

É verdade que um defensor do movimento antivacinas foi internado com catapora?

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Notícia afirma que um político italiano crítico ferrenho das vacinas acabou sendo internado após contrair catapora?

A manchete se espalhou através das redes sociais na segunda quinzena de março de 2019 e afirmava que o político italiano Massimiliano Fedriga teria sido internado após contrair catapora. Mas o que chama a atenção na notícia é que o tal político seria um dos grandes defensor do movimento antivacinas em seu país.

O que torna essa história irônica é que a catapora teria sido facilmente evitada se ele tivesse sido vacinado…

Será que isso é verdade ou mentira?

Será verdade que um apoiador do movimento antivacinas foi internado com catapora? (foto: Reprodrução/Facebook)

Verdade ou mentira?

No dia 15 de março de 2019, o governador da região de Friul-Veneza Júlia, na Itália, Massimiliano Fedriga, revelou em seu Twitter que estava internado após contrair catapora. Fedriga disse que foi bem tratado no hospital nos 4 dias em que ficou internado:

“Felizmente estou bem, acabou. Saí do hospital em Udine ontem, onde os médicos me internaram e me mantiveram em observação por quatro dias. Agora estou em casa em convalescença: descubro, no entanto, que nas redes sociais os habituais haters em série aplaudem, riem, provocam-me e espalham a mentira porque fiquei doente”

Jornais italianos confirmaram a informação e ainda relembraram que o político é um dos líderes de um movimento perigoso antivacinas.

Em 2017, Fedriga era o líder do seu partido na Câmara Italiana, quando o decreto de Lorenzin (que obrigaria a vacinação das crianças nas escolas) foi debatido e ele foi um dos que se posicionaram totalmente contra. Segundo ele, a vacinação obrigatória não era (ao seu ver) a melhor maneira de convencer as famílias de que isso seria bom.

Apesar de ser contra a vacinação, o próprio governador já admitiu diversas vezes que havia vacinado seus filhos.

Apesar da oposição de dos “simpatizantes” da não-vacinação, o bom-senso venceu e o decreto Lorenzin entrou em vigor na Itália em 2017, tornando a vacinação contra 10 doenças (incluindo poliomielite e sarampo) obrigatória para todas as crianças antes de poderem frequentar a escola.

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A catapora é uma doença altamente contagiosa que pode ser mortal em adultos.

No seu perfil do Facebook, o político afirma que a mídia estaria criando fake news envolvendo seu nome, já que – segundo ele mesmo – ele nunca disse ser contra as vacinas, mas ser contra a obrigatoriedade da vacinação (o que, na prática, é o mesmo que ser contra as vacinas):

https://www.facebook.com/massimilianofedriga/photos/a.10153634879150393/10162050108865393/?type=3&theater

Conclusão

O governador de Friul-Veneza Júlia ficou 4 dias internado após contrair catapora. O político luta pela não-obrigatoriedade da vacinação e teria sido poupado da doença se tivesse sido vacinado!

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Gilmar Lopes
Gilmar Henrique Lopes é Analista de Sistemas. Trabalha com PHP e banco de dados Oracle e é especializado em criação de ferramentas para Intranet. Em 2002, criou o E-farsas.com (o mais antigo site de fact checking do país!) que tenta desvendar os boatos que circulam pela Web. Gilmar também tem um espaço semanal dentro do programa “Olá, Curiosos!” no YouTube e co-apresenta o Fake em Nóis ao lado do biólogo Pirulla! Autor do livro de ficção Marvin e a Impressora Mágica!

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38 COMENTÁRIOS

  1. eu fui vacinado contra a catapora e mesmo assim não fui poupado de pegar a doença,a vacina não impede ninguém de pegar catapora,a vacina apenas diminiu a probabilidade de alguém pegar catapora

  2. eu fui vacinado contra a catapora e mesmo assim não fui poupado de pegar a doença,a vacina não impede ninguém de pegar catapora,a vacina apenas diminiu a probabilidade de alguém pegar catapora

  3. Ser contra a obrigatoriedade da vacinação significa exatamente o que está escrito: contra a OBRIGATORIEDADE e não ser contra as vacinas.
    Em outras palavras, caprichando no desenho: significa que o político é contra o Estado forçar o cidadão, contra o Poder Público agir coercitivamente contra a liberdade do indivíduo para fazer isso ou aquilo contra a sua vontade.
    A matéria distorce o fato quando equipara as coisas.
    Ao afirmar “na prática é o mesmo que ser contra as vacinas”, o autor texto produz uma inverdade.
    Seria bom remover esse trecho.

  4. Ser contra a obrigatoriedade da vacinação significa exatamente o que está escrito: contra a OBRIGATORIEDADE e não ser contra as vacinas.
    Em outras palavras, caprichando no desenho: significa que o político é contra o Estado forçar o cidadão, contra o Poder Público agir coercitivamente contra a liberdade do indivíduo para fazer isso ou aquilo contra a sua vontade.
    A matéria distorce o fato quando equipara as coisas.
    Ao afirmar “na prática é o mesmo que ser contra as vacinas”, o autor texto produz uma inverdade.
    Seria bom remover esse trecho.

  5. Vejo nos indivíduos apoiadores da obrigatoriedade (de qualquer coisa) os mesmos tipos que apoiam a retirada do saleiro da mesa dos restaurantes sob pretexto de ser pela “saúde pública”. Velhinhas ranhetas querendo mandar na minha vida. Faço campanhas abrangentes contra anti-vaxers, as vacinas figuram entre as melhores invenções da história. Porém, saímos do campo científico puro quando pregamos a obrigatoriedade, especialmente pelo Estado, naturalmente burro e ineficaz em qualquer coisa que ponha a mão. Obrigação a vacinas é hoje tão estúpido quanto na época da Revolta da Vacina, no começo do século XX.

    • pois eu defendo a obrigatoriedade da vacinação e não defendo a proibição dos saleiros das mesas de restaurantes! Se a pessoa quer comer sal até morrer, que coma. Agora, se o sujeito não se vacina, pode acabar infectando outras pessoas!

      • Gilmar Lopes já que você gosta de pesquisar, porquê não pesquisa sobre as crianças assassinadas pelas vacinas? Você me ajudaria muito! Eu não sou antivacinas mas ultimamente algumas páginas do Facebook andam divulgando muitas fotos com nomes das crianças mortas e mães que perderam seus filhos após as vacinas! Mas eu não sei se é verdade!!!!

    • Se o sujeito quer se entupir de sal e morrer problema é dele. Mas deixar uma criança que não tem como decidir por conta própria morrer por falta de vacina é estupidez. Além de permitir que as doenças se propaguem. Ser contra a vacina ou a obrigatoriedade da vacina dá no mesmo: doenças e epidemias. As pessoas que são contra a obrigatoriedade só mudam o foco do discurso mas querem a mesma coisa que os antivacinas: impedir os filhos de serem vacinados.

  6. Vejo nos indivíduos apoiadores da obrigatoriedade (de qualquer coisa) os mesmos tipos que apoiam a retirada do saleiro da mesa dos restaurantes sob pretexto de ser pela “saúde pública”. Velhinhas ranhetas querendo mandar na minha vida. Faço campanhas abrangentes contra anti-vaxers, as vacinas figuram entre as melhores invenções da história. Porém, saímos do campo científico puro quando pregamos a obrigatoriedade, especialmente pelo Estado, naturalmente burro e ineficaz em qualquer coisa que ponha a mão. Obrigação a vacinas é hoje tão estúpido quanto na época da Revolta da Vacina, no começo do século XX.

    • pois eu defendo a obrigatoriedade da vacinação e não defendo a proibição dos saleiros das mesas de restaurantes! Se a pessoa quer comer sal até morrer, que coma. Agora, se o sujeito não se vacina, pode acabar infectando outras pessoas!

      • Gilmar Lopes já que você gosta de pesquisar, porquê não pesquisa sobre as crianças assassinadas pelas vacinas? Você me ajudaria muito! Eu não sou antivacinas mas ultimamente algumas páginas do Facebook andam divulgando muitas fotos com nomes das crianças mortas e mães que perderam seus filhos após as vacinas! Mas eu não sei se é verdade!!!!

    • Se o sujeito quer se entupir de sal e morrer problema é dele. Mas deixar uma criança que não tem como decidir por conta própria morrer por falta de vacina é estupidez. Além de permitir que as doenças se propaguem. Ser contra a vacina ou a obrigatoriedade da vacina dá no mesmo: doenças e epidemias. As pessoas que são contra a obrigatoriedade só mudam o foco do discurso mas querem a mesma coisa que os antivacinas: impedir os filhos de serem vacinados.

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