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quinta-feira, março 28, 2024

Manuela D’Ávila disse que é mais popular que Jesus Cristo?

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Imagem mostra frase que teria sido dita pela vice-candidata Manuela D’Ávila afirmando que a sua chapa é mais popular do que Jesus! Será verdade?

A foto com a frase polêmica atribuída à ex-deputada federal Manuela D’Ávila surgiu nas redes sociais no começo de outubro de 2018 e rapidamente se espalhou também através de grupo do WhatsApp. Nela podemos ver a fotografia da candidata à vice-presidência ao lado de um texto que ela teria dito a respeito da diminuição do cristianismo e também afirmando que eles (a sua coligação) é mais popular que Jesus Cristo!

Somente em uma das publicações feitas no Facebook, essa história teve mais de 110 mil compartilhamentos!!!

Será verdade isso?

“O cristianismo vai desaparecer, vai diminuir e encolher. (…) Nós, somos mais populares do que Jesus nesse momento.”, teria dito a candidata. Será verdade? (Foto: Reprodução/WhatsApp)

Verdade ou mentira?

Não encontramos em nenhuma entrevista e/ou pronunciamento de Manuela que confirme que ela tenha mesmo dito tal frase.

A verdade mesmo é que, apesar do cristianismo estar mesmo diminuindo o mundo todo, a frase atribuída à candidata foi dita pelo guitarrista e vocalista da banda inglesa The Beatles, durante uma entrevista à jornalista Maureen Cleave, em março de 1966, para o jornal London Evening Standard:

Na época, os Beatles se explicaram:

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De fato, naquela época, os Beatles podiam se considerar mais populares que Jesus Cristo, visto que já faziam sucesso até na China (onde a religião predominante é outra, sem a figura do Filho do Homem) e em outros tantos países que não tinham predominantemente o cristianismo como religião. Falamos sobre isso aqui no E-farsas em 2006, quando desmentimos uma corrente afirmando que todos que zombaram de Deus tiveram castigos horríveis.

Poucos meses depois, o próprio Lennon disse em entrevista que agradece a Cristo pela frase, visto que eles já estavam cansados de tantas turnês e a sua frase (mal-interpretada, segundo ele) ajudou a diminuir a quantidade de show!

Em nota, a coligação O Brasil Feliz de Novo – de Haddad e Manuela – negou que a candidata tenha dito tal frase!

Manuela + Jesus = Boato

Essa não foi a única vez que associaram a imagem da candidata à depreciação da figura de Jesus. Já desmentimos aqui no E-farsas uma montagem que fizeram em uma camiseta que Manuela estava usando, alterando os dizeres da sua estampa de “Rebele-se” para “Jesus Travesti”:

Conclusão

A frase atribuída à Manuela D’Ávila sobre ela e a sua coligação serem mais populares que Jesus foi dita por John Lennon, em 1966 e não por ela!

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Gilmar Lopes
Gilmar Henrique Lopes é Analista de Sistemas. Trabalha com PHP e banco de dados Oracle e é especializado em criação de ferramentas para Intranet. Em 2002, criou o E-farsas.com (o mais antigo site de fact checking do país!) que tenta desvendar os boatos que circulam pela Web. Gilmar também tem um espaço semanal dentro do programa “Olá, Curiosos!” no YouTube e co-apresenta o Fake em Nóis ao lado do biólogo Pirulla! Autor do livro de ficção Marvin e a Impressora Mágica!

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33 COMENTÁRIOS

    • “Não importa se é verdade ou não!”
      Exato! Igual aos protestos de alguns anos atrás onde alguns anti-petistas portavam placas “Eduardo Cunha é corrupto mas está do nosso lado”. Ou seja, não importa se é verdade ou não, se é corrupto ou não, o importante é FORA PT, né?

      “O importante é que acabe esses partidos de esquerda que saquearam o Brasil!”
      Exato. E quando o Bozonazi for eleito, vão acabar os partidos de esquerda, de direita, de centro. Só vai sobrar o partido nazista, que fez milagres pela Alemanha. Você vai ver que delícia vai ser!

        • “Novamente, achismo baseado com fatos tirados de dentro do rabo. Você devia ser estudado…”
          Errou. Eu prestei atenção às aulas de história. Você, claramente não saberia o que é uma escola nem se uma te mordesse essa bunda de espantar cachorro.

          Vá estudar pra não zerar o ENEM de novo este ano, vá, arrombado.

          • Ele errou? E você? Acertou um tiro na própria bunda(cabeça. Tiro esse que saiu no pé e voltou para o intestino, onde entrou!). Quem é você para criticar o cara! kkkk Prestou atenção em quais aulas de história? Aquelas que ensinam ciências ocultas, letras apagadas, pornografia, funk, pedofilia e que o petê salvou os pobres?! A “tia” era, ou ainda é, a Valeixcka Popozuda”? Tu é um barato, cara!

          • Volta lá pras suas correntes do Zap Zap, bot. Claramente você acredita em todas elas, né? Só pra te avisar, a AOL não vai dar 1 Real pra quem repassar as mensagens, nem a Microsoft vai te pagar 100 dólares por e-mail encaminhado. Ah sim, Gatinhos Bonsai também não existem!

          • Uau, que argumento sólido, embasado, irrefutável! Pensou nele sozinho ou teve que pedir ajuda aos seus coleguinhas da segunda série, retardado mental?

      • Bom, qualquer um que tenha tentado, e conseguido, tirar aquele bagulho que vocês chamavam de “presidência” do poder, deveria ser considerado um herói.

        • Aproveite que será a última vez. Quando a ditadura for restabelecida pelo Bonaro, aí vai lamentar a época onde podíamos escolher (bem ou mal) nossos governantes. 😉

  1. Previsível o final da estória. Talvez ela seja mais popular que o Jean “da Couve Flôr” Willys. Mas mais do que o otim (o mito ao avesso. Aquele que está no cafofo lá em Curitiba!) e Helldade não!!!

    • Pois é. Da mesma forma que é previsível o fim da história daqueles que não estudaram história e vão votar no Bonaro fascistinha Collor de Melo… 😉

      • Te ensinaram a história errada, com gente errada e da forma mais errada ainda – e depois te zuaram. E zoam até hoje, eu sei. Te garanto! Talvez seus pais ainda tenham tempo para isso e você aprenda. Eu duvido muito! Mas não custa nada tentar ensinar uma Hiena a falar, não é?! Já a pensar… rsrs

        • Eu pelo menos frequentei o colégio. Coisa que claramente você nunca o fez, bot. Só fica acreditando em corrente do Whatsapp, e quando mostram que são falsas, chora e vem falar um monte de bosta aqui no E-farsas.

          Vá capinar um terreno, vá.

        • Em segundo lugar, Bolsonaro sabia como usar a mídia para seus propósitos. Contrastando o discurso burocrático da maioria dos outros políticos, Bolsonaro usava um linguajar simples, espalhava fake news, e os jornais adoravam sugerir que muito do que ele dizia era absurdo. Bolsonaro era politicamente incorreto de propósito, o que o tornava mais autêntico aos olhos dos eleitores. Cada discurso era um espetáculo. Diferentemente dos outros políticos, ele foi recebido com aplausos de pé onde quer que fosse, empolgando as multidões.

        • Em terceiro lugar, muitos brasileiros sentiram que seu país sofria com uma crise moral, e Bolsonaro prometeu uma restauração. Pessoas religiosas, sobretudo, ficaram horrorizadas com a arte moderna e os costumes culturais progressistas que surgiram por volta de 2000, época em que as mulheres se tornavam cada vez mais independentes, e a comunidade LGBT em São Paulo começava a ganhar visibilidade. Os conservadores sonhavam com restabelecer a antiga ordem. Os conselheiros de Bolsonaro eram todos homens heterossexuais brancos. As mulheres, ele argumentou, deveriam se limitar a administrar a casa e ter filhos.

        • Em quarto lugar, apesar de Bolsonaro fazer declarações ultrajantes – como a de que gays deveriam ser mortos -, muitos pensavam que ele só queria chocar as pessoas. Muitos brasileiros que tinham amigos gays ou negros votaram em Bolsonaro, confiantes de que ele nunca implementaria suas promessas. Simplista, inexperiente e muitas vezes tão esdrúxulo, que até mesmo seus concorrentes riam dele, Bolsonaro poderia ser controlado por conselheiros mais experientes, ou ele logo deixaria a política. Afinal, ele precisava de partidos tradicionais para governar.

        • Em quinto, Bolsonaro ofereceu soluções simplistas que, à primeira vista, faziam sentido para todos. O problema do crime, argumentava, poderia ser resolvido aplicando a pena de morte com mais frequência e aumentando as sentenças de prisão. Problemas econômicos, segundo ele, eram causados por atores externos e conspiradores comunistas. Os petistas – que representavam menos de 1% da população total – eram o bode expiatório favorito. Os brasileiros “verdadeiros” não deviam se culpar por nada. Tudo foi embalado em slogans fáceis de lembrar: “Brasil acima de tudo”, “Renascimento da Brasil”, “Um povo, uma nação, um líder.”

  2. Em primeiro lugar, os brasileiros tinham perdido a fé no sistema político da época. A jovem democracia não trouxera os benefícios que muitos esperavam. Muitos sentiam raiva das elites tradicionais, cujas políticas tinham causado a pior crise econômica na história do país. Buscava-se um novo rosto. Um anti-político promoveria mudanças de verdade. Muitos dos eleitores de Bolsonaro ficaram incomodados com seu radicalismo, mas os partidos estabelecidos não pareciam oferecer boas alternativas.

  3. o brasileiro ultrapassou o limite do surreal.
    Após as eleições um site precisa reunir as fake news mais sensacionais já criadas.
    O nível de criatividade do brasileiro é inatingível.
    KKKKKK

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