Gilmar Lopes foi convidado pelo pessoal do SciCast para discutir sobre as pseudociências e os perigos que esses charlatões representam!
No dia 09 de maio de 2014, o pesquisador do E-farsas Gilmar Lopes participou do podcast SciCast junto com Silmar Geremia, André Ceticismo, Estrela, Ronaldo Gogoni e Carlos Cardoso para falar sobre como podemos identificar as pseudociências e como fazer para não cairmos nas armadilhas dos inúmeros vigaristas e charlatões que insistem em ganhar dinheiro em cima da ingenuidade das pessoas!
Falamos sobre alguns dos produtos e tratamentos que são vendidos como ciência e prometem a cura dos pacientes, mas que não funcionam como, por exemplo:
- Homeopatia
- Florais de Bach
- Astrologia
- Misticismo Quântico
- Medicina Alternativa
- Cura com a ajuda de cristais
- Cura por imposição de mãos
- O fenômeno Thomaz Green Morton
- As operações feitas pelo espírito do dr. Fritz (e por outros charlatões)
O bate-papo ficou muito divertido e esperamos que você também goste de ouvir assim como foi prazeroso para nós falar sobre o assunto!
Ouça o episódio do SciCast sobre Pseudociências com a participação do E-farsas clicando aqui e aprenda a não cair nas armadilhas das pseudociências!
Muito obrigado ao SciCast pelo convite!
Meio complicado isso. Generalizações não são benéficas nem para a ciência nem para as pessoas. Na época da gripe espanhola toda minha familia se tratou com homeopatia, ninguém t morreu ou teve problema; eu sarei de um problema de verrugas na adolescência com a thuya etc. E acabei de perder uma amiga que teve o pulmão saudável lesionado num tratamento com radioterapia. Muito fácil descartar ou querer resultados pesquisados com base num só tipo de observação.
Então, Imara, uma coisa importante de perceber é que você relatou casos específicos, o que não funciona como evidência científica.
Explico: imagine que eu esteja gripado, e alguém me fale que recitar um poema enquanto se pula em um pé só girando em sentido anti-horário resolve. Aí eu sigo as instruções, e em alguns dias fico bom! Será que a receita funcionou? Ou será que meu sistema imunológico funcionou independente do que eu fiz?
O problema com casos individuais (que podemos chamar de evidências anedóticas) é que eles não fazem parte de um conjunto de informações coletadas de maneira organizada e com um objetivo, então eles tem pouca ou nenhuma validade. É claro: o método pode de fato ter funcionado, mas a maneira correta de fazer isto é com um experimento controlado, possivelmente usando um grupo controle placebo e um método duplo-cego.
O fato é que não existem evidências científicas de que métodos como homeopatia funcionem. Ninguém nunca conseguiu provar seu efeito em um experimento duplo cego, e ninguém consegue dar uma explicação de como seu mecanismo funciona de um ponto de vista bioquímico. Pode ser que eu esteja errado e que funcione? Até pode, mas acho pouco provável, já que ninguém provou que funciona…
Muito bem explicado, Marcos. Mandou bem!
Infelizmente, a maioria das pessoas prefere aceitar os episódios anedóticos e/ou não comprovados, como o mencionado acima (tipo “o tio do cunhado do primo de um amigo meu…”), o qual a comentarista, certamente, não vivenciou.
Gilmar, você já viu isto?
http://9gag.com/gag/aYbB3Ww
Sabe se é real? Acho pouco provável, mas a ideia em si é fantástica.