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quinta-feira, abril 25, 2024

É verdade que o app e-Título é um aplicativo espião do TSE?

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Vídeo mostra que o aplicativo e-Título, do Tribunal Superior Eleitoral, foi criado para espionar os eleitores do país! Será que isso é verdade?

O vídeo começou a circular através das redes sociais e em grupos de WhatsApp na segunda semana de abril de 2022, e mostra uma mulher denunciando um escândalo. Segundo o que é mostrado nas imagens, o aplicativo e-Título, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicita uma quantidade enorme e aparentemente desnecessária de permissões ao ser instalado no smartphone – tais como geolocalização e controle da lanterna – e que isso seria claramente um indício de que o app está sendo usado para espionar os usuários.

Será mesmo que o TSE está tentando espionar os eleitores através de seu aplicativo?

Mulher denuncia app espião do TSE! Será verdade? (foto: Reprodução/Twitter)

Verdade ou mentira?

Entramos em contato com o TSE para que o Tribunal nos esclarecesse essa questão. Afinal, pra que tanto pedido de permissão?

A resposta foi a seguinte:

“É falsa a informação de um vídeo em circulação nas redes sociais que afirma que o aplicativo e-Título, lançado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2017, é espião. Para que o eleitor possa acessar os vários serviços oferecidos, o e-Título solicita autorizações de acesso, em cumprimento ao que exige a Lei Geral de Proteção de Dados.”

Juntamente com a resposta, o TSE disponibilizou esse link com uma nota explicativa a respeito desse assunto.

Segundo o Tribunal, o e-Título é um aplicativo que foi desenvolvido e lançado em 2017 para facilitar o acesso a serviços eleitorais de forma não presencial, como consultar o número do título e o local de votação, além de emitir certidões e justificar ausência às urnas.

Em sua nota, o TSE compara a quantidade de autorizações do seu aplicativo (20 no total) com outros apps famosos, como o do Facebook por exemplo, que solicita um total de 45 permissões ao usuário.

E as permissões do e-Título?

O TSE esclarece a razão do app solicitar essas permissões:

  • Geolocalização: essa permissão é necessária caso o eleitor queira justificar o voto no dia da eleição;
  • Lanterna: o controle da lanterna é necessário para a autenticação de documentos emitidos pela Justiça Eleitoral, como o título de eleitor;
  • Alterar ou excluir conteúdo de armazenamento USB: essa autorização é solicitada para a gravação de documentos emitidos a partir do e-Título, como no caso das certidões de quitação eleitoral ou das guias de pagamento dos débitos eleitorais;
  • Criar contas e definir senhas: permissão necessária apenas quando o usuário precisar migrar o aplicativo de um smartphone antigo para um novo;
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É importante lembrar que a maioria dessas permissões é solicitada no momento do uso do app e que elas podem ser facilmente negadas ou autorizadas pelo usuário.

Conclusão

É falsa a afirmação de que o aplicativo e-Título está sendo usado para espionar os eleitores!

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Gilmar Lopes
Gilmar Henrique Lopes é Analista de Sistemas. Trabalha com PHP e banco de dados Oracle e é especializado em criação de ferramentas para Intranet. Em 2002, criou o E-farsas.com (o mais antigo site de fact checking do país!) que tenta desvendar os boatos que circulam pela Web. Gilmar também tem um espaço semanal dentro do programa “Olá, Curiosos!” no YouTube e co-apresenta o Fake em Nóis ao lado do biólogo Pirulla! Autor do livro de ficção Marvin e a Impressora Mágica!

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