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terça-feira, abril 23, 2024

Mulher filmada batendo no filho morreu degolada?

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É verdade que a mulher flagrada batendo em uma criança no sofá foi capturada e degolada pela população? Será que isso é verdade ou farsa?

O vídeo de uma mulher batendo em um bebê foi bastante compartilhado no Facebook no começo de novembro de 2016 por muitos usuários enfurecidos com a brutalidade das cenas e pedindo pras autoridades tomarem providências. No vídeo, a mulher (que seria nordestina) espanca um bebê, irritada com o choro da criança!!!

Acontece que, algumas semanas após esse vídeo se tornar famoso na web, surgiu a notícia afirmando que essa mesma mulher havia sido encontrada pela população que teria resolvido fazer justiça com as próprias mãos, degolando a agressora de bebês!

A história vem acompanhada da foto de uma mulher morta, com o pescoço cortado!!!

Será que isso é verdade?

Mulher que espancou criança foi encontrada morta com um corte profundo no pescoço! Será verdade? (foto: Reprodução/Facebook)
Mulher que espancou criança foi encontrada morta com um corte profundo no pescoço! Será verdade? (foto: Reprodução/Facebook)

Verdadeiro ou falso?

Essa notícia é uma invenção criada em cima de outra notícia falsa. Nesse caso, são duas e-farsas: A primeira, é que a mulher flagrada batendo na criança seria brasileira e a segunda é que ela teria sido morta!

Na verdade, a agressora foi identificada como Aygul Kozhabaevna, que foi presa após ser filmada agredindo seu próprio filho porque, segundo ela, o bebê não parava de chorar. As cenas foram gravadas na cidade de Almaty, no Cazaquistão, em agosto de 2016. Ela estava a passeio na casa de um amigo, que fez a gravação.

Ou seja, ela não é nem brasileira!

Quanto à imagem da mulher morta e com o pescoço cortado, trata-se de um caso ocorrido em 2010, como você pode ver aqui (cuidado! Imagens fortes!):

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mulher_batendo2
Mulher foi morta pelo marido em 2010!

Conclusão

A mulher que aparece em vídeo espancando uma criança não é brasileira e não foi morta com um corte profundo no pescoço!

*com a colaboração de Riomar Bruno

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Gilmar Lopes
Gilmar Henrique Lopes é Analista de Sistemas. Trabalha com PHP e banco de dados Oracle e é especializado em criação de ferramentas para Intranet. Em 2002, criou o E-farsas.com (o mais antigo site de fact checking do país!) que tenta desvendar os boatos que circulam pela Web. Gilmar também tem um espaço semanal dentro do programa “Olá, Curiosos!” no YouTube e co-apresenta o Fake em Nóis ao lado do biólogo Pirulla! Autor do livro de ficção Marvin e a Impressora Mágica!

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14 COMENTÁRIOS

  1. Pra variar, os autores da farsa divulgam vídeo falso, atribuindo à agressora ter nascido no Nordeste – como se só lá existissem pessoas violentas. O preconceito com o Nordeste é infinito!

    • Sim, o preconceito contra o Nordeste é infinito porque uma pessoa mal caráter inventou uma notícia falsa.
      Aposto que se fosse no Sudeste, você não estaria reclamando dessa parte

    • Em nenhum momento a Noticia-Falsa esta dizendo que no nordeste só existem pessoas violentas.

      Quem está sendo preconceituoso é vc em ter levantado essa questão, da qual não foi o foco da noticia-falsa.

      Digamos que se a noticia fosse verdadeira, e que realmente essa mulher fosse nordestina. Então de acordo com o seu ponto de vista o autor da notícia deveria de omitir a regionalidade da mulher para não caracterizar xenofobia?

  2. Gente, acredito que o autor (Riomar ou o próprio Gilmar) se referiu ao Nordeste porque a notícia — digo, pulha — circulou (pelo menos chegou até mim) tanto como se tivesse ocorrido no Nordeste, como se a agressora fosse nordestina e estivesse em visita fora da região de origem. Sim, existe discriminação contra nordestinos em várias partes do país, mas também existe discriminação no Nordeste, principalmente contra sulistas e sudestinos. 🙁

    Quanto à frase “ela não é nordestina e tampouco brasileira”, na verdade, a forma correta seria “ela não é brasileira, tampouco nordestina”, já que, neste sentido, a palavra ‘tampouco’ faz um reforço negativo à primeira parte, ao trecho antes dela. Dizer que a espancadora não é nordestina não quer dizer, automaticamente, que não seja brasileira, pois o Brasil não se limita ao Nordeste. Mas não ser brasileira significa, automaticamente, por exclusão, não ser nordestina. É como dizer “todo brigadeiro é doce, mas nem todo doce é brigadeiro”. 😛

    Outra maneira de colocar “ela não é brasileira, tampouco nordestina” seria “ela não é sequer brasileira, quem dirá nordestina”. Também, não se usa ‘e’ antes de tampouco, mas vírgula ou ‘nem’ (“ela não é brasileira, nem tampouco nordestina”), para reforçar a negativa. 😉

  3. Pessoas no Cazaquistão dizem “te acalma, te acalma”, como a mulher do vídeo? Acho que, se não for brasileira, é de algum outro lugar do mundo onde se fala português…. :/

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