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sexta-feira, abril 26, 2024

Defunto solta pum em velório e 9 pessoas são hospitalizadas! Será verdade?

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Será verdadeiro ou falso o caso de um defunto que teria soltado flatulência em seu velório e os gases acabaram levando 9 pessoas às pressas ao hospital?

No final da primeira quinzena de março de 2019, a notícia se espalhou em diversos sites e blogs, fazendo também um enorme sucesso nas redes sociais. De acordo com o texto – acompanhado de fotos – um defunto teria soltado gases em seu velório, causando intoxicação em várias pessoas presentes.

O caso incomum teria ocorrido na cidade de São Bento II, no interior do estado de Pernambuco, e o homem estava sendo velado em sua casa quando começou a emitir sons de puns. O mau cheiro teria ficado muito forte ao ponto de 9 pessoas terem ido parar no hospital!

Será que essa notícia é verdadeira ou falsa?

Morto solta puns em seu velório e 9 pessoas são hospitalizadas! Será verdade? (foto: Reprodução/Facebook)

Verdade ou mentira?

A maioria dos sites e blogs que publicaram a notícia cita uma publicação feita no dia 12 de março de 2019 no site Notícias Guariba, que deixa bem claro que a tal história não passa de um caso, de uma anedota sem nenhuma comprovação. O site, inclusive, postou o fato na seção “História que o povo conta”, mas mesmo assim muita gente compartilhou como se fosse algo real.

Fizemos uma busca pelo nome da cidade citada na “reportagem” e não encontramos nenhum município chamado “São Bento II” em Pernambuco.  

As fotos usadas na “matéria”

Se não há provas de isso aconteceu de fato, como explicar as fotos usadas na “reportagem”?

O homem que aparece deitado em um caixão não estava morto de verdade e a foto é janeiro de 2018 (e não “dessa última terça-feira”, como diz o boato). Na passagem de ano de 2017 para 2018, o borracheiro Atanásio Santana foi o “morto” das comemorações de réveillon no município de Feira de Santana (BA).

Na tradicional celebração, o caixão simboliza o enterro do ano velho, com uma missa na igreja católica na cidade.

“Quando a missa acabou, os fiéis correram para a festa que tem como objetivo ‘”queimar o ano velho”. Embalado por muito samba, o pessoal colocou um boneco no caixão e saiu pelas ruas cantando, dançando e se divertindo.”

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De acordo com sites de notícias locais, depois da missa em homenagem ao “morto”, o caixão dá uma volta na cidade e volta até a porta da igreja, onde o homem é trocado por boneco. A festa, que tem uma tradição de mais de 40 anos na cidade, tem seu ponto alto quando os fiéis e moradores queimam o boneco como se estivessem se livrando do ano que passou.

Conclusão

A notícia afirmando que um morto teria soltado puns durante seu velório, levando 9 pessoas para o hospital, é falsa! Não há provas de que isso tenha ocorrido de fato!

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Gilmar Lopes
Gilmar Henrique Lopes é Analista de Sistemas. Trabalha com PHP e banco de dados Oracle e é especializado em criação de ferramentas para Intranet. Em 2002, criou o E-farsas.com (o mais antigo site de fact checking do país!) que tenta desvendar os boatos que circulam pela Web. Gilmar também tem um espaço semanal dentro do programa “Olá, Curiosos!” no YouTube e co-apresenta o Fake em Nóis ao lado do biólogo Pirulla! Autor do livro de ficção Marvin e a Impressora Mágica!

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6 COMENTÁRIOS

  1. Porém não é uma situação incomum. Ha 7 meses perdi meu pai e foi feito um trtamento no corpo semelhante ao embalsamamento justamente para evitar isso durante o velorio. familias que n tenham recursos e dada a massa corporea do morto infelismente passarão por esse tipo de constrangimento.

    • Não é incomum, de fato, mas não era esse o objetivo do texto: era comprovar que esse fato viralizado feito corrente, especificamente, não aconteceu. O texto não diz que isso é impossível de acontecer, mas que o fato que circula em correntes não aconteceu.

  2. Porém não é uma situação incomum. Ha 7 meses perdi meu pai e foi feito um trtamento no corpo semelhante ao embalsamamento justamente para evitar isso durante o velorio. familias que n tenham recursos e dada a massa corporea do morto infelismente passarão por esse tipo de constrangimento.

    • Não é incomum, de fato, mas não era esse o objetivo do texto: era comprovar que esse fato viralizado feito corrente, especificamente, não aconteceu. O texto não diz que isso é impossível de acontecer, mas que o fato que circula em correntes não aconteceu.

  3. “que deixa bem claro que a tal história não passa de um caso, de uma anedota sem nenhuma comprovação. O site, inclusive, postou o fato na seção “História que o povo conta”, mas mesmo assim muita gente compartilhou como se fosse algo real.”

    É que são pouquíssimas as pessoas que têm este superpoder digno de super-heróis da Marvel e da DC que é ler um texto até o final.

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