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quinta-feira, março 28, 2024

Jogar videogames faz bem ao cérebro. Verdade ou mito?

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Quando o assunto é medir a inteligência, muitos são os métodos empregados para se chegar a um resultado, e vários fatores são observados, como a capacidade de resolução de problemas e as habilidades relacionadas à consciência emocional e memória. Porém, uma coisa é evidente: a inteligência é importante. Os estudos apontam que pessoas que se saem bem nos testes de inteligência, em geral, tendem a viver mais, envelhecem melhor, e estão mais propensas a alcançar o sucesso acadêmico e profissional. 

E a boa notícia é que cada vez mais pesquisas apontam que a inteligência não é fixa. Há alguns anos, acreditava-se que nascíamos com todas as células cerebrais que teríamos para o resto da vida, e a partir dos 50 anos elas encontrariam sua derrocada pouco a pouco. Mas, atualmente sabemos que isso não é verdade.

Para pôr essa teoria à prova, em 2020, a BBC convidou o público para realizar um teste de inteligência criado pelo cientista Adam Hampshire, do Imperial College de Londres. E cerca de 250 mil pessoas compareceram para realizar os testes, que continham atividades semelhantes a jogos. Segundo Hampshire, com essa quantidade de participantes, a pesquisa “é o equivalente a cerca de 125 mil horas de testes, ou mais de 14 anos.

Jogar videogames faz bem para o cérebro?

Como os jogos ajudam

Os estudiosos do Imperial College, estavam bastante curiosos para entender como o crescente uso da tecnologia tem impactado a nossa memória, assim como as habilidades espaciais e as demais áreas da cognição. Dessa forma, foi solicitado aos participantes que relatassem quais os aparelhos eletrônicos que usam e com que frequência. Os pesquisadores também analisaram o consumo de jogos, redes sociais, internet e compras online. 

O resultado acabou surpreendendo, já que de acordo com os cientistas, não existe uma ligação clara entre a capacidade intelectual e o tipo de tecnologia usada, ou o tempo que é gasto nela, com exceção de uma área. Os pesquisadores observaram, que quanto mais tempo as pessoas jogam games de computador, maiores foram suas pontuações nos testes de memória e trabalho espacial (a capacidade do ser humano lembrar onde deixou suas coisas, como a carteira ou a chave do carro), raciocínio verbal e atenção. 

Segundo os pesquisadores, as pessoas que têm o costume de passar horas jogando conseguiram resultados melhores nos testes do que aquelas que treinam mentalmente. O que aponta que os games podem ser um hobby que vai além do entretenimento, e realmente podem ajudar o ser humano a aprimorar suas capacidades cognitivas. Ademais, já sabemos que os jogos podem ser até um tipo de trabalho, como é visto nos eSports, onde os pro-players recebem prêmios em dinheiro de acordo com suas conquistas, além de terem torcedores assíduos que podem até mesmo demonstrar a sua confiança através dos palpites nas casas das apostas, que vêm ganhando bastante popularidade em território brasileiro, assim como os torneios de esportes eletrônicos.

O tipo de jogo importa?

Porém, para alcançar uma melhora nas capacidades cognitivas será que importa o tipo de jogo? Ou a quantidade de tempo gasta com eles?

“Os resultados mais confiáveis ​​falam especialmente dos videogames de ação, aqueles que envolvem navegar em diferentes ambientes, encontrar alvos visuais e tomar decisões rápidas. Mas até mesmo jogos de quebra-cabeças espaciais, como o Tetris, são benéficos”, afirma Louise Nicholls, da Universidade de Strathcycle.

Mas a especialista ressalta que é preciso realizar mais pesquisas nesse sentido, para que descubra qual o número de horas jogando que trazem um benefício ao jogador, já que em alguns casos os videogames podem afetar as horas de sono, ou aquele tempo dedicado a realização de um exercício físico, fazendo com que a jogatina não seja tão benéfica.

Em outro estudo, desta vez realizado pela Charité University Medicine St. Hedwig-Krankenhaus, Alemanha, os pesquisadores observaram que jogar videogames ajuda a desenvolver algumas regiões do cérebro que são responsáveis pela memória, navegação espacial, planejamento estratégico e habilidades motoras. Para conduzir a pesquisa, os cientistas fizeram com que um grupo de adultos jogasse Super Mario por pelo menos 30 minutos, todos os dias durante dois meses. Enquanto outro grupo de adultos não jogou nada durante o mesmo período. 

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Com isso, os estudiosos observaram através de ressonância magnética, que houve expansão de massa cinzenta no hipocampo direito, cerebelo e córtex pré-frontal direito, nos participantes que jogaram durante meses em relação àqueles que não jogaram. Agora, os cientistas buscam maneiras de utilizar o game para o tratamento de estresse pós-traumático, Alzheimer e doenças que causem uma diminuição da massa cefálica.

Conclusão

É verdade que jogar videogames e outros jogos eletrônicos fazem bem ao cérebro. Estudos comprovam que esse tipo de atividade ajuda na memória, além de diversos outros benefícios! 

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Gilmar Lopes
Gilmar Henrique Lopes é Analista de Sistemas. Trabalha com PHP e banco de dados Oracle e é especializado em criação de ferramentas para Intranet. Em 2002, criou o E-farsas.com (o mais antigo site de fact checking do país!) que tenta desvendar os boatos que circulam pela Web. Gilmar também tem um espaço semanal dentro do programa “Olá, Curiosos!” no YouTube e co-apresenta o Fake em Nóis ao lado do biólogo Pirulla! Autor do livro de ficção Marvin e a Impressora Mágica!

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