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sexta-feira, abril 19, 2024

O que é Deepfake? Descubra aqui no E-farsas!

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Nova técnica chamada deepfake permite que seja inserido o rosto de uma pessoa em qualquer vídeo! Entenda aqui no E-farsas como funcionam as deepfakes!

No dia 17 de maio de 2019, o jornalista Bruno Sartori publicou no seu perfil do Twitter um vídeo mostrando o presidente Jair Bolsonaro, vestido de Chapolin Colorado. O vídeo é uma montagem. uma bela sacada que brinca com o fato do presidente ter se atrapalhado com seu próprio lema em uma viagem recente aos Estados Unidos.

O vídeo, que você pode ver abaixo, já foi visto mais de meio milhão de vezes e atiçou não só a nossa curiosidade, como a de muitos leitores que entraram em contato querendo saber: Como será que o Bruno Sartori fez isso?

A técnica usada por Bruno para fazer esse tipo de montagem é chamada de deep fake e agora vamos falar um pouco sobre isso!

Para explicar um pouco melhor como isso funciona, fizemos um vídeo com a participação do próprio jornalista Bruno Sartori. Assista na íntegra clicando no player abaixo:

Deepfake: O que é? Como é feita?

Até hoje, para colocar a cara de uma pessoa em um vídeo, a gente pode usar alguns softwares de edição, como o After Effects. Só que isso dá um trabalhão, demora um tempão e o resultado não fica lá essas coisas.

Isso se tornou algo mais factível a partir da popularização das pesquisas em inteligência artificial e deep learning, onde maiores poderes computacionais e redes neurais propiciaram formas mais fáceis de encaixar o rosto de uma celebridade em um vídeo qualquer.

Em 2017, uma pesquisa acadêmica chamada Synthesizing Obama conseguiu modificar as expressões faciais do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama para criar a impressão de que ele mesmo havia dito tais frases:

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Ao mesmo tempo, estudos feitos com inteligência artificial fora das universidades chegaram a resultados promissores. No final de 2017, um usuário do fórum Reddit auto-apelidado de Deepfake começou a publicar montagens feitas com vídeos adultos, mas com rostos de atrizes de Hollywood no lugar das pornstars.

O deepfake gerou uma comunidade em torno da ideia, com pessoas usando softwares de uso livre de código aberto para gerar as montagens. Com o tempo, as falhas e bugs nos algoritmos usados para criar vídeos desse tipo foram sendo refinados e corrigidos e, em questão de meses, os resultados estão beirando a perfeição.

Olha só que engraçado esse vídeo do seriado Friends onde todos os atores tem a cara do ator Nicolas Cage:

As deepfake se tornaram tão aprimoradas que em junho de 2019, cientistas da Universidade de Stanford demonstraram em parceria com a Adobe que vídeos alterados com a ajuda da deepfake estão cada vez mais convincentes. Os pesquisadores testaram vídeos falsos com 138 voluntários e apesar de 60% dos entrevistados perceberem edições, quase a metade da audiência foi enganada!

É bom explicar aqui que todos os voluntários já sabiam que iriam testar vídeos falsos e isso  pode ter influenciado as respostas, mas de todo modo, foi um número bem expressivo!

Como são criados esse vídeos?

Em primeiro lugar, o computador tem que aprender como são os trejeitos e feições da pessoa que terá seu rosto usado. Os programadores alimentam o programa com centenas de fotos da “vítima”. O próximo passo é fazer a máquina entender onde ficam os melhores pontos no vídeo onde o novo rosto será colado.

Após um bom tempo de aprendizagem, os algoritmos conseguem mesclar todas as imagens. O resultado pode chegar em algo parecido com isso. Um vídeo publicado no YouTube onde o fundador do Facebook Mark zuckerberg falando coisas que ele nunca disse:

Vamos ficar nas mãos da DeepFake?

É claro que artisticamente isso poderá vir a ser uma maravilha para o cinema, por exemplo. Já pensou assistir a um filme de Hollywood com os atores falando em português (falando mesmo, com a boca se mexendo em português e não sendo dublada)? 

Mas temos que pensar no outro lado também: Não estamos querendo alarmar você, mas imagine só uma tecnologia dessas em época de eleições…

Para nossa alegria, tem muita gente trabalhando também em ferramentas que vão ajudar a identificar montagens desse tipo. Cientistas da Universidade de Munique, na Alemanha, por exemplo, criaram um programa de inteligência artificial chamado XceptionNet. Ele foi alimentado com mil deepfakes e conseguiu aprender a reconhecer detalhes microscópicos, que diferenciam um rosto real de um simulado digitalmente. De acordo com as publicações a respeito, o XceptionNet reconhece falsificação em cerca de 96% dos casos.

Além disso, se você tiver um pouco de paciência, dá pra você mesmo identificar vídeos falsos. Prestem atenção no movimento da boca da pessoa no vídeo e nos olhos. Na grande maioria das vezes é possível se notar pequenas falhas nessas regiões.

Conclusão

Muito obrigado a todos pela audiência no nosso canal no YouTube. Aguardamos seus comentários sobre o assunto.

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Gilmar Lopes
Gilmar Henrique Lopes é Analista de Sistemas. Trabalha com PHP e banco de dados Oracle e é especializado em criação de ferramentas para Intranet. Em 2002, criou o E-farsas.com (o mais antigo site de fact checking do país!) que tenta desvendar os boatos que circulam pela Web. Gilmar também tem um espaço semanal dentro do programa “Olá, Curiosos!” no YouTube e co-apresenta o Fake em Nóis ao lado do biólogo Pirulla! Autor do livro de ficção Marvin e a Impressora Mágica!

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13 COMENTÁRIOS

  1. @Gilmar Lopes, o Brasil está estupidamente ATRASADO em relação a isso, pois a tecnologia derivada da captura de imagens faciais é utilizada pela indústria cinematográfica, games, sites de entretenimento adulto etc há um bom tempo atrás. Quando soltaram aquele vídeo íntimo FAKE do João Dória, o ex- “perito” criminal Onias Tavares de Aguiar atestou que era “verdadeiro”. Alguns disseram que foi “má-fé” dele por ter sido contratado por alguém não identificado para fazer o laudo. Mas se não for isso, ele demonstra uma tremenda ignorância e/ou desconhecimento, pois ele confessou que DESCONHECE a tecnologia do Deep Fake. “Moral da estória”: ou os profissionais brasileiros se propõe a se atualizar e evoluir ou, então, morram com sua incompetência e ignorância e entrem em EXTINÇÃO.

    • Você não parece alguém que tem intimidade com inovações tecnológicas. O que você acha não importa. O modo como isso é feito ainda é complexo. Os sabichões da internet são foda!
      Aliás, parabéns pela matéria, Gilmar.

      • Não não é complexo, a tecnologia já evoluiu de forma que esse tipo de montagem é feito por um programa sozinho, basta apenas alimentar o programa com fotos e video, é assim que a deepfake funciona.

  2. @Gilmar Lopes, o Brasil está estupidamente ATRASADO em relação a isso, pois a tecnologia derivada da captura de imagens faciais é utilizada pela indústria cinematográfica, games, sites de entretenimento adulto etc há um bom tempo atrás. Quando soltaram aquele vídeo íntimo FAKE do João Dória, o ex- “perito” criminal Onias Tavares de Aguiar atestou que era “verdadeiro”. Alguns disseram que foi “má-fé” dele por ter sido contratado por alguém não identificado para fazer o laudo. Mas se não for isso, ele demonstra uma tremenda ignorância e/ou desconhecimento, pois ele confessou que DESCONHECE a tecnologia do Deep Fake. “Moral da estória”: ou os profissionais brasileiros se propõe a se atualizar e evoluir ou, então, morram com sua incompetência e ignorância e entrem em EXTINÇÃO.

    • Você não parece alguém que tem intimidade com inovações tecnológicas. O que você acha não importa. O modo como isso é feito ainda é complexo. Os sabichões da internet são foda!
      Aliás, parabéns pela matéria, Gilmar.

      • Não não é complexo, a tecnologia já evoluiu de forma que esse tipo de montagem é feito por um programa sozinho, basta apenas alimentar o programa com fotos e video, é assim que a deepfake funciona.

  3. Você não parece alguém que tem intimidade com inovações tecnológicas. O que você acha não importa. O modo como isso é feito ainda é complexo. Os sabichões da internet são foda!
    Aliás, parabéns pela matéria, Gilmar.

    • @Júlio verme, não é “sabichão”. São pessoas como você é que são ignorantes mesmo, são TOUPEIRAS DIGITAIS e/ou n00bs. Até parece que compraram e entraram pela 1ª vez na internet ontem. Já tem até app no Android para fazer Deep Fakes sem muitas complicações. ATUALIZE-SE, ou então fique que nem aqueles ignorantes que ficam acreditando em qualquer coisa que aparece na internet e ficam compartilhando de maneira irresponsável. 😉 KKKKKKKKKKK! 😀

  4. Você não parece alguém que tem intimidade com inovações tecnológicas. O que você acha não importa. O modo como isso é feito ainda é complexo. Os sabichões da internet são foda!
    Aliás, parabéns pela matéria, Gilmar.

    • @Júlio verme, não é “sabichão”. São pessoas como você é que são ignorantes mesmo, são TOUPEIRAS DIGITAIS e/ou n00bs. Até parece que compraram e entraram pela 1ª vez na internet ontem. Já tem até app no Android para fazer Deep Fakes sem muitas complicações. ATUALIZE-SE, ou então fique que nem aqueles ignorantes que ficam acreditando em qualquer coisa que aparece na internet e ficam compartilhando de maneira irresponsável. 😉 KKKKKKKKKKK! 😀

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